3 de janeiro de 2010

Mais Rapel

Até o momento de descer de rapel, eu estava achando a viagem um pouco monótona demais. Muito bonito, mas sem grandes emoções. Acho que foi por isso que quis descer de rapel, para tornar a viagem mais emocionante.
No começo do dia eu estava bastante calma e tranqüila, mas quando estávamos colocando os equipamentos, comecei a ficar nervosa e a me perguntar se eu realmente teria coragem de descer a cachoeira.
Já no topo, meu medo aumentou: tinham me dito que a cachoeira tinha 18 metros, mas lá descobri que eram 35.
Começamos então o treinamento, no qual aprenderíamos a descer. Era uma pedra pequena, e como foram primeiro as pessoas que já tinham feito rapel antes, pareceu fácil. Isto é, até o momento que chegou a minha vez. Ficar na posição certa era mais difícil do que eu imaginava, e eu estava escorregando bastante.
Finalmente, chegou o grande momento. As primeiras pessoas começaram a descer, e cada descida era surpreendente rápida. Papai foi na minha frente, para depois falar comigo pelo rádio e dizer o que achou. Quando chegou lá embaixo, ele me disse que ia ter uma parte em que nós não alcançávamos a pedra e ficávamos pendurados, mas eu não prestei muita atenção, de tão nervosa que eu estava.
Comecei a descer, bem devagarzinho, do jeito que eu tinha treinado, quando, de repente, a pedra some e ficamos pendurados, só nós e a corda. Para mim, esta foi a pior parte da descida, pois nós ficamos literalmente por um fio. Nós temos que colocar os pés ao redor de uma raiz, até achar a pedra novamente. A partir daí, fica mais fácil, pois nós temos apenas que fazer segundo o treinamento. O único problema é que a pedra é escorregadia por causa da água, e eu ficava com medo de escorregar. No final da cachoeira, tem um poço que não dá pé, onde nós temos que ir puxando a corda até a pessoa que está lá embaixo para ajudar você. Nem é preciso dizer que nós saímos da água tremendo da cabeça aos pés, não sei se de frio ou medo, talvez uma mistura dos dois.
Para descer novamente de rapel, é preciso subir a cachoeira por uma trilha bastante cansativa. Eu e papai fomos lá para cima, e papai desceu novamente a cachoeira de rapel.
Como Tiago era bastante leve para descer, o guia achou melhor fazer uma tirolesa para ele se divertir um pouco. Agora ele vai escrever o que achou dessa experiência.












Mariana Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário