9 de janeiro de 2010

Nosso guia César.

Durante a nossa estadia na pousada Rio Clarinho, quem nos acompanhou foi o César, funcionário da Pousada, que tinha a incumbência de nos acompanhar, nos passeios, prender os cavalos, mostrar os caminhos, remar o bote, enfim, estava sempre a nossa disposição e sabia fazer o seu trabalho muito bem.
O César tinha uma qualidade muito boa, ele durante todos os passeios ficava atento procurando os animais para nos mostrar, sejam os jacarés camuflados na água, os pássaros nas árvores, os macacos, os sons dos animais, uma determinada formiga.
Um outra coisa que ele nos ensinou é a forma de no barco, mostrar algum animal usando a técnica do relógio, como ele se encontra atrás do dos integrantes do barco, e estão todos de costas para ele, ele não pode apontar, então ele simplesmente fala, olha um Gavião às duas horas, significa que a frente do barco fica na direção das 12 horas, e de acordo com as horas sabemos que direção olhar.
Ele sempre estava disposto a fazer o que era necessário para nos agradar.
Até quando fomos ver o nascer da Lua, às 10:30h da noite no Mirante, estava ele lá com atenção redobrada para a caminhada e para os cuidados.

Abaixo a foto do César e os nossos agradecimentos pelos serviços prestados.


O passeio a cavalo

    No dia 3 de Janeiro nós fomos andar de cavalo pela estrada até a Transpantaneira.Os nossos cavalos eram mansos, porém dispostos. Seus nomes eram: Guri (César), Pampa (Mariana), 2B (Tonhé),  Pingo (Edna) e Pé de Pano (Tiago). O Pé de Pano é também o nome do cavalo de Pica Pau.

   Esta foi a primeira vez que Edna e Tiago andaram de cavalos. Edna estava nervosa, preocupada, mas conseguiu se superar mais uma vez, e gostou do passeio, arriscou até uns galopes. O Cavalo de Edna gostava de correr. Tonhé ia atrás e gostava de assustar os cavalos dos outros. César ia a frente conduzindo nos mostrando o caminho.
    Fizemos um passeio de aproximadamente 8 Km, a maior parte dentro da mata, passamos por diversos tipos de terreno, seco, alagado pouco, alagado muito, escorregadio, e como sempre tudo com muito mosquito.

    Durante o percurso encontramos um jacaré grandão, que tinha acabado de comer algo, pois a boca estava com sangue. César desceu do cavalo e foi pegar no rabo dele, que saiu fugindo, roncando e brabo.
    Chegamos até a Transpantaneira onde tiramos algumas fotos e retornamos pela estrada até a pousada. No final o cavalo de Tiago deu uma grande galopada e ele mostrou que já é profi.



Cavalos no Pantanal



Mari no Pantanal




Cavalos na Transpantaneira

8 de janeiro de 2010

O pôr do Sol

   Todos nós temos na lembrança, quando o Pequeno Príncipe assistiu quarenta e três vezes seguidas o pôr do sol em um mesmo dia.
   Este fenômeno acontece 365 vezes por ano, mas no dia a dia, praticamente não temos condições de parar e observar. Você está lembrado quanto vezes no ano passado assistiu?
   O compositor Guilherme Kerr, lembra que quando estava em viagem, ficavam observando o pôr do sol e comentavam que o Senhor pegou no pincel e começou a pintar a natureza com cores diferentes. Assim é, a cada minuto vai mudando a tonalidade em um show de cores e formas.
  Tínhamos nos preparado para assistir o último pôr do sol do ano, no Alto do céu, na Chapada dos Guimarães, uma sugestão do guia Noam, mas ficamos com medo de não mais poder retornarmos com carro devido as comemorações do ano novo. Ficando pendente este momento.
   Para nos contentarmos vai um slideshow de 36 fotos do Pôr do Sol, todos desta viagem.


5 de janeiro de 2010

Algumas fotos de animais do Pantanal

Pessoal, por falta de tempo vou só postar algumas fotos de alguns animais do Pantanal.


Garça branca voando


Cobra em frente a pousada



Vôo sobre o rio.



Gavião belo.



Gavião belo pousando.



Jacaré em frente a pousada.


Jacaré que marca bobeira, vira bolsa de Madame.




Pois é, o César, nosso guia na pousada rio Clarinho, gostou muito desta verdade, e repetia aquilo que nos foi ensinado por Tio Neneco. Quando estávamos no barco, já em frente a nossa pousada, encontramos um filhote de jacaré de aproximadamente um ano, bem na beirinha dentro d’água que deixou que nos aproximássemos então ele falou, vou pegá-lo!.
Com um remo do caiaque, jogou ele na terra seca e imobilizou-o pressionando a cabeça e bem rapidamente segurando com a mão, feito pegamos em cobra. Explicou algumas técnicas de como pegar no jacaré, é um bicho que tem uma força muito grande com as mandíbulas, e tiramos estas fotos que vocês que vocês podem ver.
Quando capturamos o jacarezinho, a mãe dele logo apareceu, apareceu não, ficou gemendo como diz Mariana, mas soprando, fazendo o barulho característico de quando o jacaré está ameaçando, mas os jacarés não têm coragem de atacar os humanos, só em último caso.
Este teve sorte, depois da sessão de fotos o soltamos.

Jacaré que marcou bobeira



Tiago com o Jacaré



Mari com o Jacaré


O passeio de barco




Aqui na pousada Rio Clarinho temos vários barcos, são barcos de alumínio com capacidade para 4 a 6 pessoas, movidos a remo ou com zinga, uma vara de bambu de aproximadamente 3 metros que vamos empurrando o barco através do fundo do rio.
O estranho é que nós remamos no sentido inverso, sentamos na proa, que é fina, levantamos a popa, e vamos remando com a popa levantada, fica mais instável, como não tem correnteza, tudo dá certo.
Saímos de manhã, e subimos pelo Rio Clarinho, ou Rio Claro, e fomos fotografando os jacarés, as cegonhas, os pássaros, e as margens. A cada curva do rio surgia novas aves. Infelizmente a nossa câmera não possui um zoom muito grande, não registrando a grandeza do passeio, foi um dia de muita sorte, pois vimos diversos animais.
A chuva neste dia foi nossa companheira e nos deixou fazer um grande passeio.


Neste dia aprendi que as capivaras são excelentes nadadoras, quando víamos algumas que estavam se alimentando em um dos leitos do Rio, várias vezes ao avistarem o barco, atravessavam nadando para o outro leito, e se enfiavam em alguma mata.

Cegonha preparando o vôo



Jacaré esperando para o dar o bote.



Ave típica do pantanal



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Close na cabeça do jacaré.



Paisagem típica do Pantanal



Garça voando.

Os Mosquitos

Os mosquitos aqui fazem inveja aos amazônicos que conhecemos, é igual as nossas muriçocas, mas tomaram umas vitaminas e cresceram bastantes, conseguem nos picar através da calça jeans, das meias, dos sapatos. O nosso repelente só durou dois dias e é imprescindível.
Haja fenergan depois, pois ficamos todos e todo encalombados. Segundo Edna, os mosquitos picam através dos sapatos, da sola dos sapatos.
A orientação é sempre sair com camisa de mangas compridas e evitar usar roupas escuras, pois esta cor atraem os mosquitos. Na pousada todas os quartos, a área do restaurante, da televisão, são teladas, possuem telas a fim de diminuir os mosquitos. Até os cavalos se sentem incomodados.

Chegada ao Pantanal


Descemos da Chapada dos Guimarães, passamos rapidamente por Cuiabá e seguimos para Poconé, http://pt.wikipedia.org/wiki/Poconé  Poconé é a porta do Pantanal, a última cidade grande, grande com 30.000 habitantes; Como era dia 1º de Janeiro estava tudo fechado, fomos ao banco, pegamos dinheiro e para não perder o costume a Lan House. Não encontramos um só lugar para comer.


Paisagem Pantanal - Patos selvagens
Seguimos por estrada de terra, a Transpantaneira, esta estrada foi construída pelo regime militar na época da política de integrar para não entregar, possui 145 km e 135 pontes, todas de madeira com passagem para um veículo por vez.  Então começamos as ver as garças, os pássaros, os tuiuiús, os jacarés, as cegonhas, os tucanos, as araras azuis,  as capivaras, as cutias, o a paisagem pantaneira, com os alagados, a planície. Parece que estávamos nas fotos das revistas. Queríamos tirar fotos de tudo, não só nós, mas os poucos carros que haviam, faziam o mesmo. Cada pássaro, cada paisagem, cada ninho, era um momento mágico.

Paisagem típica do Pantanal

Percorremos 40 km, até chegarmos na entrada da pousada Rio Clarinho, depois da entrada mais 3 km, com muito alagado e medo do carro ficar atolado ou afogado. A pousada é bem simples, mas aconchegante, ficamos dentro do mato, com um rio passando na porta, com tudo que tem direito, jacarés, capivaras, cobras, barcos, mosquitos de monte, passarada. Sem rádio, sem notícias e sem celular das terras civilizadas. Éramos os únicos hóspedes. Depois chegou uma família de Cuiabá, mas tinham medo de bicho, só ficaram um dia. No outro dia chegou a Nicole, que é uma canadense, que mora na Austrália, e teve coragem de chegar aqui, sozinha viajando pelo Brasil.



      Capivara - Maior roedor do mundo

     Anta atravessando a estrada.

     Tuiuiú - Ave símbolo do Pantanal, comendo um peixe




      Ninhos de jandaias -

3 de janeiro de 2010

Mais Rapel

Até o momento de descer de rapel, eu estava achando a viagem um pouco monótona demais. Muito bonito, mas sem grandes emoções. Acho que foi por isso que quis descer de rapel, para tornar a viagem mais emocionante.
No começo do dia eu estava bastante calma e tranqüila, mas quando estávamos colocando os equipamentos, comecei a ficar nervosa e a me perguntar se eu realmente teria coragem de descer a cachoeira.
Já no topo, meu medo aumentou: tinham me dito que a cachoeira tinha 18 metros, mas lá descobri que eram 35.
Começamos então o treinamento, no qual aprenderíamos a descer. Era uma pedra pequena, e como foram primeiro as pessoas que já tinham feito rapel antes, pareceu fácil. Isto é, até o momento que chegou a minha vez. Ficar na posição certa era mais difícil do que eu imaginava, e eu estava escorregando bastante.
Finalmente, chegou o grande momento. As primeiras pessoas começaram a descer, e cada descida era surpreendente rápida. Papai foi na minha frente, para depois falar comigo pelo rádio e dizer o que achou. Quando chegou lá embaixo, ele me disse que ia ter uma parte em que nós não alcançávamos a pedra e ficávamos pendurados, mas eu não prestei muita atenção, de tão nervosa que eu estava.
Comecei a descer, bem devagarzinho, do jeito que eu tinha treinado, quando, de repente, a pedra some e ficamos pendurados, só nós e a corda. Para mim, esta foi a pior parte da descida, pois nós ficamos literalmente por um fio. Nós temos que colocar os pés ao redor de uma raiz, até achar a pedra novamente. A partir daí, fica mais fácil, pois nós temos apenas que fazer segundo o treinamento. O único problema é que a pedra é escorregadia por causa da água, e eu ficava com medo de escorregar. No final da cachoeira, tem um poço que não dá pé, onde nós temos que ir puxando a corda até a pessoa que está lá embaixo para ajudar você. Nem é preciso dizer que nós saímos da água tremendo da cabeça aos pés, não sei se de frio ou medo, talvez uma mistura dos dois.
Para descer novamente de rapel, é preciso subir a cachoeira por uma trilha bastante cansativa. Eu e papai fomos lá para cima, e papai desceu novamente a cachoeira de rapel.
Como Tiago era bastante leve para descer, o guia achou melhor fazer uma tirolesa para ele se divertir um pouco. Agora ele vai escrever o que achou dessa experiência.












Mariana Barros

O Rapel

Nunca tive interesse maior por rapel e escaladas, mas quando vi a possibilidade de experimentar isto na Chapada dos Guimarães, então falei que queria. Edna não quis, Tiago era muito leve, o guia desaconselhou, ficando para Tonhé e Mari.
Fomos fazer com um grupo de 10 pessoas, na cachoeira da geladeira com 35 metros de queda.
Primeiro o treinamento, o guia de uma qualidade incrível, que nos passava uma tranqüilidade e segurança, mostrando o quanto é seguro, desde que  seja observada as normas. Este treinamento fizemos em um pedra com uns dois metros de altura, vendo os equipamentos, e o mecanismo de freio, posição das pernas, cuidados com o cabelo grande, e por aí se vai.
Logo depois começamos, os que já tinham feito antes, começaram, até que chegou a vez de Tonhé, quando desce o batente inicial, e olhamos para baixo, frio na barriga, e agora?
Desistir não dá, então partimos sozinho, uma pessoa em baixo, segurando na corda, para caso você tenha algum problema, não caia de vez.
Aí estamos só, onde não podemos errar e tudo depende de você, logo após a partida tem uma região negativa onde não mais alcançamos a pedra e ficamos pendurado na corda, a mão direita fica segurando a corda atrás da coluna e vai soltando aos pouco e vamos descendo. A esquerda, só para apoio, mas na hora queremos nos segurar nela.
Tonhé descendo e lembrando um pouco do Windsurf, onde ficamos pendurado pelo trapézio, só que no wind podemos cair, aqui não. E sabendo que depois dele virá a Mariana, e ele ficou de chegando em baixo, passar um rádio, para estimular e dar as dicas para que ela possa descer bem.
Todos que descem pela primeira vez, chegam com as pernas tremendo, dizendo que é frio, e com ele também não foi diferente. E as dúvidas: será que ela terá força para manejar a corda, grossa e pesada? Devo estimular? Ou dizer, desista que é mais seguro, e assim não teremos risco?
Segue as fotos, resumindo que da segunda vez é bem melhor, pois aí já começamos a olhar para a cachoeira, paisagem, e Mari irá contar o que passou na cabeça dela nesta hora.


Gruta do Lago Azul

O programa que a agência de turismo arrumou foi para o dia de natal, 25 de Dezembro, às 7:30h visitar a Gruta do Lago Azul. Porque este horário, pois como tudo na cidade de Bonito, é muito organizado e com hora marcada, como as visitas a esta gruta, que é municipal, só podem ser feita até às 14:00h, e dia de Natal as outras atrações estavam fechadas, sobrou só este horário.
Outro exemplo de organização que encontramos lá foi o uso obrigatório de capacete e de touca para usarmos o capacete, além de que só poderia ter três grupos simultâneos na gruta e cada grupo com uma cor de capacete diferente.
Nas grutas calcárias, que possuem água parada, a exemplo da Chapada Diamantina e Chapada dos Guimarães, em Bonito também temos a gruta do Lago Azul. Assim chamada pela tonalidade e transparência que a água adquire quando penetra a luz do sol.
Nas fotos vemos a tonalidade da água e como fica bonito. é
Nesta gruta vemos como a natureza é sábia, nesta água vive apenas uns camarões albinos, que se alimentam das fezes dos morcegos.

Também ressaltar que as estalactites e estalagmites estavam presentes.

1 de janeiro de 2010

Passeio de Bote

Desta vez fomos a uma descida do rio com bote. Não me lembro o percurso total, algo em torno de 7 km, com 3 corredeiras e 4 cachoeiras. O bote é inflável e leva 12 pessoas, saímos às 14:00h de um ponto do rio Formoso. Sendo ao todo 3 botes.



O remador fica atrás e nós vamos ajudando lateralmente remando também, já que nem todo o percurso é de corredeiras e cachoeiras. Tem duas posições básicas, uma é a normal onde ficamos sentados lateralmente e remando, e quando vem as descidas, ficamos inclinados lateralmente segurando nas cordas interna e externas, onde vem a emoção. Vejam as fotos ao lado.


A sensação é quando vamos nos aproximando, então ficamos aguardando a queda e na hora vem a velocidade com a emoção e o friozinho na barriga. Em algumas fotos observem a cara de desespero de Edna.

Outra coisa interessante, é a guerra, como o percurso tem as partes calmas, então um bote se aproxima do outra e começa a guerra d’água. Começamos a jogar água com o balde que temos para tirar a água interna, com os remos e assim fica as vezes mais divertido que a própria cachoeira.

Como a humanidade é triste!


Olha a cara de Edna !


A alegria de Tiago!

31 de dezembro de 2009

Aquário Natural

Após o balneário foi à vez do aquário natural, aqui fizemos flutuação, que logo irei explicar o que é, O aquário é a nascente de um rio em uma área muito bonita, com águas cristalinas, Sempre que temos uma estrutura de águas cristalinas, é porque temos calcário, que proporciona a decantação dos sedimentos. Nesta nascente do rio Baía Bonita, vemos a água aflorando da terra, água cristalina, que lembra um vulcão, ou melhor, um conjunto de vulcões. Em uma beleza imensa, em uma região muita rica de peixes e algas. O peixe mais comum é o piraputanga, que é o símbolo da cidade de Bonito. Vimos também o dourado, pintado, e outros. Tiago dando um show.
Alguns grandes, chegando a meio metro.



Antes da flutuação fomos a uma piscina e aprendemos as técnicas de usar o snorkel, máscaras, colocamos roupas de neoprene, por causa do frio, e os coletes. Aprendemos também que não podemos colocar o pé no chão, para não turvar a água, passar saliva na máscara, para não embaçar, cruzar as pernas para virar durante a flutuação, não usar de maneira nenhuma protetor solar e repelentes, pois irá para a água, algas e peixes. Após a piscina, tirar o cloro para entrarmos no rio. Edna, Mariana e Tiago se saíram surpreendente bem, não tiveram a menor dificuldade de respirar pela boca, e o resultado segue algumas fotos.

Edna com os piraputangas.

 
Preparação para a flutuação.
Mariana Observando.

Balneário Municipal.


Fomos ao Balneário Municipal, um exemplo de que a coisa pública também pode funcionar. Trata-se de uma praia como chamamos ou um balneário ao longo de uns 500 metros do Rio Formoso, em uma região onde tem certa correnteza.


Aqui possui uma estrutura de banheiros limpos, restaurantes, aluguel de coletes e máscaras de mergulho. Logo na recepção o porteiro já orienta como funciona. E o principal divertimento é entrar com coletes no início da corredeira e descer o rio abaixo. É bastante divertido, tem regiões mais lentas e lugares com velocidade, e tudo isto cercado com um monte de peixes ao lado, para melhorar a sensação. Edna saiu realizada, pois superou o medo e divertiu-se muito na descida.